Presente de Fim de Ano do governo anima brasileiros com Salário Mínimo de 2025 no maior valor de todos os tempos

Após a divulgação das últimas projeções econômicas, o salário mínimo de 2025 poderá atingir o maior valor da história: R$ 1.521.

O número reflete um aumento de 7,7% em relação ao salário mínimo atual de R$ 1.412, somando R$ 109 a mais no bolso dos trabalhadores. Embora o valor oficial seja definido apenas em dezembro, as expectativas geradas já movimentam debates sobre os impactos do reajuste.

Com base na nova política de valorização do salário mínimo, o reajuste considera a inflação acumulada até novembro e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

No caso de 2025, o índice econômico utilizado será o PIB de 2023, que registrou alta de 2,9%. Essa fórmula resulta em um aumento superior aos R$ 1.509 propostos no orçamento enviado ao Congresso Nacional, e reflete também uma inflação acima do esperado, impulsionada por fatores climáticos recentes.

Quem recebe o salário mínimo?

Cerca de 59,3 milhões de brasileiros são diretamente impactados pelo salário mínimo, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse grupo inclui trabalhadores que recebem o piso salarial, aposentados e beneficiários de programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Além disso, o reajuste do salário mínimo tem um efeito cascata, ajustando benefícios previdenciários, como o INSS, o abono salarial e o seguro-desemprego, que também não podem ter valores inferiores ao piso nacional. Esse aumento, ao elevar o poder de compra dos brasileiros, impacta diretamente a economia, movimentando diversos setores do comércio e serviços.

Como esse aumento vai impactar na economia

Embora o aumento seja positivo para o poder de compra, ele também gera desafios para o orçamento público. A cada R$ 1 de acréscimo no salário mínimo, o governo federal registra um aumento de R$ 392 milhões nas despesas obrigatórias. No caso do reajuste previsto para 2025, o impacto total poderá chegar a R$ 42,7 bilhões.

Esses custos maiores limitam os recursos disponíveis para gastos discricionários, ou seja, despesas não obrigatórias, como investimentos em infraestrutura e políticas públicas. O governo federal terá de equilibrar essas demandas com o objetivo de manter as contas públicas sob controle.

Apesar disso, o salário mínimo segue como um pilar de valorização social e de combate às desigualdades, sendo fundamental para a sobrevivência de milhões de brasileiros.

O Dieese, por exemplo, estima que o valor ideal para suprir as necessidades básicas de uma família seria de R$ 6.769, evidenciando a distância entre o piso salarial atual e o custo de vida real no Brasil.