Você pode ter o benefício do INSS suspenso, caso não faça nada em 60 dias; entenda

Os beneficiários do INSS que utilizam cartão magnético para saques devem ficar atentos a um detalhe importante: o benefício pode ser suspenso se os valores não forem sacados no prazo de 60 dias. O alerta é válido porque essa situação tem ocorrido com frequência e pode causar transtornos, especialmente para os mais vulneráveis.

No entanto, é importante lembrar que a suspensão não significa a perda definitiva do direito ao benefício. Para reativar o pagamento, é preciso seguir um procedimento simples, mas muitas pessoas ainda desconhecem o que fazer. Entenda os detalhes e como evitar problemas.

Por que o benefício do INSS pode ser suspenso?

O INSS adota a suspensão como medida de segurança para prevenir fraudes e pagamentos indevidos. Isso ocorre quando o beneficiário não realiza o saque dos valores dentro do prazo de 60 dias após a liberação.

Quando isso acontece, o dinheiro retorna ao INSS e o pagamento é interrompido. Embora o beneficiário continue com o direito garantido, será necessário um pedido formal para reativar o depósito. A regra, no entanto, é específica para quem utiliza o cartão magnético, e não para depósitos em conta-corrente.

O que fazer para reativar o benefício suspenso?

Se o benefício foi suspenso por falta de saque, o primeiro passo é procurar uma unidade do INSS. É necessário apresentar um documento de identificação oficial com foto, como RG ou CNH. Em casos específicos, outros documentos podem ser necessários:

• Para pessoas com problemas de saúde que dificultem o deslocamento, deve ser apresentado um atestado médico;
• No caso de viagens, é preciso apresentar uma declaração escrita com o local e duração do período fora;
• Caso o beneficiário não possa comparecer, é possível nomear um procurador, desde que ele esteja devidamente cadastrado no INSS.

Além disso, o processo pode ser iniciado pelo site ou aplicativo Meu INSS ou ainda pelo telefone 135. Por ali, é possível anexar os documentos exigidos ou agendar um atendimento presencial.

Como evitar a suspensão do benefício?

A melhor forma de evitar a suspensão é simples: realizar o saque dos valores regularmente, dentro do prazo estipulado. Para quem enfrenta dificuldades de locomoção ou outras limitações, vale considerar a nomeação de um procurador ou o uso de outros mecanismos disponibilizados pelo INSS.

Outro ponto importante é acompanhar o status do benefício no Meu INSS, que permite verificar pagamentos liberados e outras informações. Assim, é possível resolver pendências antes que o benefício seja suspenso.

Impacto da medida em números

Na folha de dezembro, mais de 11 mil benefícios estavam suspensos pelo não saque em 60 dias. Esse número contrasta com os mais de 15 milhões de beneficiários que utilizam cartão magnético, sendo cerca de 10 milhões da área urbana e os demais da área rural.

Esse dado reflete a necessidade de maior atenção de beneficiários para evitar a suspensão que, embora temporária, pode gerar transtornos significativos. Principalmente para quem depende do rendimento para despesas essenciais.

Quando um administrador provisório pode solicitar o pagamento?

Em situações extremas, nas quais o beneficiário não pode manifestar sua vontade, parentes próximos, como filhos ou cônjuges, podem se cadastrar como “administradores provisórios” no INSS. Essa medida permite o saque por até seis meses, mas também exige documentação específica.

Entre os documentos indispensáveis estão atestados médicos que comprovem a incapacidade do beneficiário, além de certidões que atestem o vínculo familiar.

Por que ficar atento?

Entender as regras e prazos é essencial para não ser surpreendido com a suspensão do benefício. Ah, e vale mencionar: a regularização costuma ser simples, mas pode levar alguns dias, dependendo da demanda nas agências.

Por isso, vale a pena acompanhar seu benefício regularmente e, caso algo pareça fora do comum, buscar atendimento pelos canais oficiais do INSS. Afinal, prevenir transtornos sempre é o caminho mais seguro.