INSS 2025: mudança nos valores deixa milhões de aposentados sem aumento REAL
Descubra como a nova tabela do INSS 2025 afeta aposentados. Veja os impactos e se prepare para as mudanças! Saiba mais agora.
- Publicado: 14/01/2025
- Atualizado: 14/01/2025: 14 48
- Por: Patrícia Fischer
Os segurados do INSS já se preparam para os efeitos da nova Tabela do INSS 2025, que traz mudanças no reajuste de benefícios. A confirmação de que aposentados e pensionistas que recebem valores acima do salário mínimo não terão aumento real reacendeu debates. O reajuste será feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024, fixado em 4,77%.
Enquanto isso, o salário mínimo registra um aumento para R$ 1.518 em 2025, com reajuste real estimado em 2,5%. Essa disparidade de correções impactará diretamente milhões de beneficiários, sobretudo quem depende de valores superiores ao piso nacional.
Como ficam os reajustes dos benefícios em 2025?
A atualização mais recente define que trabalhadores aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo terão seus benefícios corrigidos exclusivamente pela inflação medida pelo INPC de 2024. Isso significa que, mais uma vez, esse grupo não terá aumento real – algo que causa insatisfação, mas já era esperado por muitos especialistas.
O reajuste, definido em 4,77%, representará apenas uma manutenção do poder de compra, sem garantir ganho adicional. No entanto, cerca de 70% dos aposentados e pensionistas, que recebem o salário mínimo, terão aumento superior à inflação, uma vez que o piso nacional foi ajustado para R$ 1.518.
Quem será afetado pelas mudanças?
Atualmente, dos 52,9 milhões de segurados da Previdência, 40,7 milhões recebem exatamente um salário mínimo. Isso significa que o ajuste de R$ 1.518 terá impacto significativo para a maioria.
Por outro lado, 12,2 milhões de beneficiários que ganham acima do piso – sendo 10,6 milhões no teto previdenciário – sentirão a diferença no bolso. O teto, este ano, será alterado para R$ 8.157,41, mas sem evolução real em termos de valor líquido.
Quando os novos valores serão aplicados?
A implementação da nova tabela já tem datas definidas. Beneficiários que recebem até um salário mínimo terão os valores corrigidos entre 27 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025. Aqueles que recebem valores acima do piso começam a receber os pagamentos reajustados a partir de 3 de fevereiro.
Essa transição inclui correções proporcionais para segurados que começaram a receber os benefícios ao longo de 2024. Isso significa que o cálculo do reajuste será proporcional ao período em que o benefício esteve ativo no ano anterior.
Nova tabela do INSS: alíquotas progressivas
O sistema de contribuição do INSS funciona em faixas salariais progressivas, que também serão atualizadas em 2025:
- Até R$ 1.518,00: alíquota de 7,5%.
- Entre R$ 1.518,01 e R$ 2.793,88: alíquota de 9%, com dedução de R$ 22,77.
- Entre R$ 2.793,89 e R$ 4.190,83: alíquota de 12%, com dedução de R$ 106,60.
- Entre R$ 4.190,84 e R$ 8.157,41: alíquota de 14%, com dedução de R$ 190,42.
Essas alíquotas são aplicadas ao salário bruto de forma escalonada, o que significa que não incidem integralmente sobre a faixa total de rendimento do trabalhador ou segurado.
Impactos no curto e longo prazo
Embora o reajuste preserve o poder de compra dos benefícios acima do salário mínimo, parte dos economistas alerta que a ausência de aumento real pode agravar dificuldades financeiras para quem depende desses valores. A inflação acumulada ao longo dos anos impacta serviços essenciais, como saúde e habitação, reduzindo a capacidade de economizar.
Já quem recebe o salário mínimo assistiu à valorização do piso nacional, intensificando o abismo entre os dois grupos. Esse cenário, embora previsto, levanta debates sobre a sustentabilidade e a justiça no modelo de reajuste adotado pela Previdência Social.
Por outro lado, o novo teto previdenciário pode representar uma vantagem para quem está em vias de se aposentar. Mas tudo, claro, depende da forma como o cálculo final do benefício será estruturado considerando o histórico contributivo.
Por isso, acompanhar os desdobramentos e estudar as mudanças na aposentadoria vale a pena, principalmente pensando no planejamento pessoal.