Entenda como vai funcionar o Cashback do CadÚnico focado em famílias de baixa renda
Descubra o novo cashback do CadÚnico que promete aliviar impostos. Atualize seu cadastro e aproveite! Saiba mais.
- Publicado: 24/01/2025
- Atualizado: 24/01/2025: 13 30
- Por: Patrícia Fischer
As famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) terão acesso a um sistema de cashback tributário inédito no Brasil. A medida, sancionada como parte da Reforma Tributária, busca aliviar a carga de impostos sobre itens básicos e serviços essenciais.
A devolução será aplicada de forma progressiva, começando com tributos federais em janeiro de 2027. A ideia é redistribuir parte do valor pago em tributos diretamente para as famílias de baixa renda, garantindo maior justiça no sistema tributário.
Quem pode acessar o benefício?
O novo sistema de cashback será exclusivo para as famílias devidamente cadastradas no CadÚnico, base que reúne informações de cidadãos em situação de vulnerabilidade social. Estima-se que cerca de um terço da população brasileira será impactada positivamente.
A iniciativa mira diretamente aqueles que mais precisam, oferecendo uma espécie de respiro financeiro em um contexto onde o peso dos tributos é sentido ainda mais pelas camadas menos favorecidas.
Como funciona o cashback tributário?
De forma simplificada, o sistema garante a devolução de impostos pagos sobre bens e serviços considerados essenciais. A devolução será automática e vinculada ao CPF do responsável familiar, que deve estar ativo no CadÚnico.
- Tributos federais (CBS): devolução de 100% sobre itens prioritários, como gás de cozinha e serviços básicos.
- Tributos municipais e estaduais (IBS): devolução mínima de 20%, com possibilidade de aumento conforme decisão local.
O objetivo é fazer com que esse recurso extra volte diretamente para as famílias mais necessitadas, permitindo que usem a quantia devolvida em outras despesas importantes.
Quais itens estão entre os prioritários?
A lista de bens e serviços essenciais que terão devolução inclui:
- Botijão de gás;
- Água e esgoto;
- Energia elétrica;
- Telecomunicações, como internet e telefonia.
Além disso, para produtos não prioritários, mas ainda considerados essenciais, haverá um cashback de 20% sobre os impostos pagos. Essa regra vale para itens de menor impacto na linha de consumo básico.
Por que essa medida é tão importante?
No Brasil, o sistema tributário é amplamente conhecido por ser regressivo. Isso significa que tributos indiretos, como os incidentes sobre consumo, afetam proporcionalmente mais os pobres do que os ricos. Em resumo: a menor renda disponível das famílias de baixa renda acaba tornando o peso dos impostos muito maior.
Ao devolver parte dos impostos pagos, a medida procura reduzir essa desigualdade na prática. Não é à toa que especialistas têm argumentado que uma reforma tributária deve priorizar quem mais precisa, e o cashback tributário é um passo concreto nesse sentido.
Quando e como as devoluções começarão?
A implementação será gradual:
- Janeiro de 2027: devoluções de impostos federais (CBS).
- Janeiro de 2029: início das devoluções de impostos estaduais e municipais (IBS).
Os valores serão repassados diretamente para as famílias beneficiárias através de contas previamente cadastradas ou programas de transferência direta. Assim, a ideia é evitar burocracias e garantir que os recursos cheguem ao destino final.
Impactos na cesta básica
Junto ao cashback, a Reforma Tributária trará outro alívio ao bolso das famílias brasileiras: a isenção total de impostos para alimentos da cesta básica. A medida, também prevista para 2027, inclui produtos como arroz, feijão, carnes, farinha, pão, leite e legumes.
Com isso, pretende-se não apenas reduzir o custo da alimentação básica, mas também mitigar a insegurança alimentar, um problema crônico que afeta milhões no país.
Como os estados e municípios podem influenciar?
Uma característica interessante do cashback dos tributos estaduais e municipais (IBS) é a autonomia que cada região terá para ampliar o percentual de devolução. Isso abre espaço para políticas mais regionais e adaptadas às necessidades locais.
Por exemplo, um estado pode decidir devolver 30% em vez de 20% do IBS, dependendo das condições orçamentárias e prioridades de governo. Essa flexibilidade permitirá que o impacto seja potencializado de acordo com diferentes realidades do país.
Desafios e próximos passos
Embora a ideia do cashback seja um avanço significativo em equidade tributária, ainda há desafios pela frente. Entre eles, garantir que o sistema seja implementado de forma eficiente, sem falhas que possam atrasar ou desviar os repasses.
Além disso, será necessário manter os cadastros do CadÚnico sempre atualizados, evitando fraudes e assegurando que o benefício chegue apenas a quem realmente tem direito.
Por isso, é importante acompanhar os desdobramentos e as regulamentações específicas que surgirão até a entrada em vigor. Bom, o ano de 2027 está logo aí, e com ele, a expectativa de mudanças práticas no bolso de milhões de brasileiros.
Ah, e não se esqueça: garantir que o seu cadastro esteja em dia será fundamental para acessar esse recurso. Vale a pena ficar atento.