Banco do Brasil emite alerta e deixa idosos que precisam de crédito PREOCUPADOS
Crédito consignado do Banco do Brasil suspenso preocupa idosos. Veja alternativas e proteja suas finanças. Saiba mais!
- Publicado: 14/01/2025
- Atualizado: 14/01/2025: 15 07
- Por: Patrícia Fischer
O Banco do Brasil emitiu um alerta que pode prejudicar a rotina de aposentados e pensionistas do INSS: a suspensão temporária do crédito consignado via correspondentes bancários. A medida, que também foi adotada por outros bancos, como Itaú, Santander e Pan, tem como pano de fundo uma incompatibilidade entre as taxas de juros atuais e os custos de operação.
Embora a suspensão não seja total, já que outras modalidades de contratação ainda estão disponíveis, o impacto na vida de quem depende desse recurso é significativo. A questão coloca idosos, muitas vezes em situação financeira mais vulnerável, em uma posição delicada.
Por que o crédito consignado foi suspenso?
Os bancos justificam a decisão pela falta de viabilidade econômica em oferecer o produto dentro do teto de juros imposto pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Recentemente, o limite foi reajustado de 1,66% para 1,80% ao mês, mas as instituições financeiras afirmam que seria necessário um aumento maior, para 1,99%, para equilibrar os custos com a operação.
Essa situação é amplificada pela alta da taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano. Esse índice, que influencia diretamente o custo de captação de dinheiro, aumentou a pressão em cima das margens de lucro dos bancos.
Outro fator que pesa na balança é a resolução 4935/2021 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina que práticas de crédito precisam ser economicamente sustentáveis. Com o desequilíbrio entre a taxa Selic e os limites do consignado, os bancos enxergam pouca margem para manter o produto ativo nesses canais.
Como a suspensão afeta os aposentados?
O consignado é amplamente usado por aposentados e pensionistas como uma forma de acesso a crédito mais segura e com menores taxas de juros. Com a suspensão via correspondentes bancários, esses clientes podem enfrentar maiores dificuldades para contratar empréstimos.
Sem essa opção, muitas pessoas podem recorrer a modalidades mais caras, como o empréstimo pessoal convencional, cujas taxas são significativamente mais altas. Isso vai contra o principal objetivo do consignado, que é auxiliar quem recebe pelo INSS a ter crédito acessível.
Quais são as alternativas disponíveis?
Apesar da suspensão nos correspondentes bancários, é importante lembrar que o crédito consignado do INSS ainda pode ser contratado por outros canais. Entre eles estão:
- Aplicativos bancários;
- Terminais de autoatendimento;
- Internet banking;
- Agências físicas dos bancos.
Recorrer a esses meios permite, inclusive, que o cliente compare melhor as condições e tome decisões mais conscientes sobre os custos do crédito.
Custos mais altos e o impacto nos consumidores
Embora o teto de juros tenha subido para 1,80% ao mês, o impacto nos valores financiados é perceptível. Por exemplo, para um empréstimo de R$ 10 mil parcelado em 36 vezes, o montante final passou de R$ 13.364,28 para R$ 13.674,24, após o reajuste.
Por mais que esses valores pareçam pequenos percentualmente, para quem vive com uma renda limitada, cada real importa. Isso é ainda mais sensível no caso de aposentados e pensionistas, que muitas vezes dependem do crédito para despesas básicas ou emergenciais.
Vale a pena esperar ou buscar alternativas?
A decisão de suspender a oferta de crédito consignado via correspondentes bancários pode ser temporária, mas seus impactos já estão sendo sentidos. Enquanto as negociações entre governo e bancos sobre o teto de juros prosseguem, os beneficiários precisam estar atentos às suas opções.
Investigar outros canais de contratação oferecidos pelos bancos e evitar empréstimos com juros mais altos pode ser essencial para quem depende dessa modalidade. Afinal, o planejamento financeiro, especialmente para aposentados, é peça-chave em tempos de instabilidade.
Por isso, vale a pena acompanhar de perto as mudanças no setor e reavaliar prioridades antes de tomar novas decisões de crédito.