Atenção aposentado: limite do consignado INSS muda hoje (29) após reajuste do mínimo
Novo limite consignado INSS afeta seu bolso. Saiba mais e planeje-se bem!
- Publicado: 29/01/2025
- Atualizado: 29/01/2025: 13 40
- Por: Patrícia Fischer
Aposentados e pensionistas do INSS devem ficar atentos às novas regras para o crédito consignado, que já começaram a valer em 2025 com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518. O aumento no piso salarial impacta diretamente a margem consignável, o limite de renda que pode ser usado para contratar essa modalidade de empréstimo.
Além disso, algumas mudanças nas condições de concessão prometem maior segurança financeira para os beneficiários. Entenda como essas regras podem afetar o limite e as condições de crédito.
Margem consignável aumenta com o novo salário mínimo
O reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, um aumento de 7,5% em relação ao valor anterior de R$ 1.412, elevou também a margem consignável para R$ 531,30. Antes, esse limite era de R$ 494,20, ampliando o valor que pode ser comprometido mensalmente com empréstimos consignados.
Para quem depende do crédito para equilibrar as contas ou investir em projetos pessoais, esse aumento oferece um fôlego financeiro. No entanto, é necessário cautela: contratos de longo prazo podem impactar o orçamento a médio e longo prazo.
Novas regras para concessão do consignado
Desde o início de 2025, entrou em vigor um período de espera obrigatório para novos aposentados e pensionistas. Durante os primeiros 90 dias após a concessão do benefício, o crédito consignado só pode ser solicitado no banco responsável pelo pagamento do benefício.
Após esse prazo, o beneficiário poderá buscar condições melhores por meio da portabilidade de crédito, podendo transferir o contrato para outra instituição financeira caso deseje. Segundo especialistas, essa medida busca oferecer mais clareza e proteção contra possíveis assédios de bancos e financeiras.
Quanto do benefício pode ser comprometido?
Com o crédito consignado, é possível comprometer até 45% do benefício. Esse percentual é dividido em:
- 35% para empréstimos pessoais.
- 10% para cartões de crédito consignado.
A ideia é evitar o endividamento excessivo, já que esse modelo debita os valores diretamente na folha de pagamento do INSS. Isso garante segurança às instituições financeiras, mas exige controle por parte dos beneficiários.
Taxas de juros e segurança
A boa notícia é que as taxas de juros para essa modalidade estão entre as mais baixas do mercado. Para empréstimos com desconto em folha, o teto foi fixado em 1,80% ao mês. Já para cartões de crédito consignado, o limite permanece em 2,46% ao mês.
Além disso, todas as operações precisam ser previamente autorizadas no aplicativo Meu INSS. Essa medida visa impedir empréstimos indevidos, garantindo que as movimentações financeiras sejam transparentes e seguras.
Acesso facilitado e ferramentas online
Os beneficiários podem consultar as condições de crédito pelo próprio aplicativo Meu INSS, incluindo taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras.
Ah, e se quiser buscar melhores condições, a portabilidade de crédito pode ser solicitada diretamente pelo app, facilitando negociações mais vantajosas. Tudo isso sem precisar sair de casa.
O que muda no bolso do beneficiário?
Com o aumento no salário mínimo e na margem consignável, aposentados terão acesso a valores mais altos de crédito. Isso pode ser um ponto positivo para quem precisa reorganizar as finanças ou cobrir despesas imprevistas.
No entanto, o compromisso mensal também aumenta, o que exige planejamento rigoroso para evitar problemas no futuro. Como o desconto é feito diretamente na folha do benefício, é importante avaliar bem antes de firmar novos contratos.
Por isso, vale lembrar: ao considerar um crédito consignado, o ideal sempre é comparar taxas, analisar condições e verificar a real necessidade do empréstimo. Planejamento financeiro continua sendo a chave para evitar endividamentos desnecessários e manter as contas sob controle.