Golpistas usam truque com fake news sobre PIX para roubar dinheiro de idosos
Cuidado com o golpe do Pix! Informações falsas sobre taxas miram idosos. Veja como se proteger!
- Publicado: 16/01/2025
- Atualizado: 16/01/2025: 10 36
- Por: Patrícia Fischer
Um novo golpe envolvendo o Pix tem preocupado, especialmente, os idosos em todo o Brasil. Golpistas estão disseminando informações falsas sobre uma suposta taxação do Pix, confundindo usuários e explorando a insegurança digital. A prática, embora não seja nova, tem ganhado força diante das recentes mudanças nas regras de transações financeiras.
A promessa enganosa é de que o governo estaria cobrando taxas pelo uso do Pix — o que, até o momento, não é verdade. Essa falsa narrativa utiliza como base as regulamentações mais recentes sobre maior fiscalização de transações, criando confusão, sobretudo, para aqueles que não têm contato frequente com a tecnologia ou acesso fácil a informações confiáveis.
Como funciona o golpe do “Pix taxado”?
Normalmente, os golpistas enviam mensagens via aplicativos de conversa, como WhatsApp, ou por e-mails com aparência oficial, se passando por instituições financeiras ou até mesmo pela Receita Federal. Nessas mensagens, eles sugerem que o usuário precisa regularizar o pagamento de uma suposta taxa para continuar utilizando o Pix.
Os idosos, muitas vezes, são o público-alvo preferencial, dado que podem ter menor familiaridade com sistemas digitais e normativas financeiras. Ao clicar em links ou fazer transferências para as supostas “taxas”, as vítimas acabam tendo dados pessoais roubados, ou perdem valores diretamente em contas dos golpistas.
O Pix será taxado? O cenário real
O Pix, por enquanto, segue isento de taxas para pessoas físicas em grande parte das operações. Apesar de novos regulamentos financeiros entrarem em vigor em 2025, como relata a Receita Federal, esses ajustes estão mais relacionados ao monitoramento de transações e não à cobrança de um imposto pelo uso do Pix.
Entre as mudanças estão o reporte mais detalhado de transferências à Receita, sobretudo aquelas com valores acima de R$ 5.000 no mês. Isso reflete um esforço do governo no combate à evasão fiscal, mas, para o consumidor comum, nenhuma taxa oficial será imposta pelo simples uso da ferramenta.
Essas atualizações ajudam a explicar por que os golpistas têm conseguido usar essas informações incorretamente, misturando verdades parciais com mentiras e espalhando pânico, especialmente em redes de comunicação mais vulneráveis.
Como se proteger de golpes financeiros
É importante estar atento a todos os detalhes de mensagens ou contatos suspeitos. Para evitar cair nesse golpe do Pix taxado (ou em outros com abordagens semelhantes), siga algumas práticas simples:
- Desconfie de mensagens que pedem pagamento urgente ou transferências para evitar bloqueios de contas.
- Acesso oficial: Sempre valide informações diretamente no aplicativo oficial do seu banco ou no site da Receita Federal.
- Evite clicar em links desconhecidos enviados por mensageiros ou e-mails não solicitados.
- Compartilhe informações corretas: Reforce junto a familiares ou conhecidos que o Pix não é, nem será, taxado para uso cotidiano.
Por que idosos são alvos mais frequentes?
Idosos, em geral, podem ter mais dificuldade para identificar golpes digitais, seja pela falta de prática com tecnologia ou pela própria confiança em mensagens aparentemente formais. Muitos desses usuários não realizam checagens no ambiente online com a mesma frequência de jovens ou adultos que já estão inseridos no ecossistema digital.
Além disso, redes de apoio que reforcem a educação digital para esse público são limitadas. Isso abre espaço para que criminosos se aproveitem de situações onde a vítima está sem suporte ou orientações confiáveis.
O que esperar das mudanças em 2025?
Embora o Pix não seja taxado, as mudanças abordadas nas instruções normativas para 2025 trazem maior fiscalização. Eventos como transferências acima de determinados valores — R$ 5.000 no caso de pessoas físicas — precisarão ser reportados pelas instituições financeiras. Mas isso não muda o uso cotidiano do Pix para a grande maioria da população.
Esse reforço na fiscalização é voltado prioritariamente para atividades econômicas não declaradas e não deve impactar transações habituais, como pagamentos de contas ou transferências espontâneas entre familiares.
No entanto, informações incompletas ou mal interpretadas sobre essas mudanças podem continuar sendo usadas de má fé pelos golpistas para confundir a população. Por isso, é essencial que as pessoas busquem fontes confiáveis antes de compartilhar qualquer notícia sobre o assunto.
Por fim, vale redobrar a atenção ao uso do Pix, especialmente ao orientar idosos e pessoas próximas sobre segurança digital. Ah, e sempre que surgir uma dúvida, vale consultar um especialista ou o próprio banco.